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Almeirim Sustentável, um novo horizonte para comunidades da Calha Norte

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

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“Com o projeto eu consegui fazer o curso de manejo de açaizal, esse curso aprimorou minha técnica, aliás, eu nem tinha técnica. Estou aplicando no meu açaizal nativo o que aprendi e minha terra já está mais produtiva”. O depoimento do agricultor Magnandes Costa Cardoso, 41 anos, da comunidade Morada Nova, localizada no distrito de Monte Dourado, reflete as transformações ocorridas na região com a realização do projeto Almeirim Sustentável, uma iniciativa do Instituto Floresta Tropical (IFT), em parceria com o Fundo Vale.






O projeto chega ao fim no mesmo ano em que o IFT comemora 20 anos de fundação. Para encerrar as atividades foi realizado no dia 29 de agosto, na sede do Atlético Clube de Almeirim, um seminário em que a equipe apresentou os produtos técnicos oriundos do trabalho desenvolvido ao longo de três anos e meio. Quem comemorou os resultados do projeto foi Isabel Araújo de Almeida, agricultora de 63 anos. Ela mora na comunidade de Repartimento Pilão, aonde chegou com apenas 10 anos. “Trabalhei até certa idade na agricultura, depois passeia estudar, me formei trabalhei com os filhos dos agricultores como professora por 26 anos. Hoje sou aposentada, mas continuo na agricultura. Planto mamão, tenho uma horta, tudo que der eu planto. Muita coisa mudou nesses últimos anos, graças ao projeto”, explica.



Isabel mora com o marido e conta com a ajuda dos filhos para cuidar da terra em que vive. Agora, sente-se capacitada para desenvolver as atividades na agricultura e extrativismo com os conhecimentos adquiridos no projeto. “O ‘Almeirim” trouxe muita coisa boa, a gente não estava plantando feijão, nem milho, eles vieram e passaram a semente, tudo organizado. Uma coisa muito boa que o IFT levou pra nós da comunidade foi o conhecimento sobre os valores dos produtos da floresta, como a árvore. Eles foram lá e ensinaram sobre da floresta em pé”, destaca Isabel.
A proposta do projeto foi desenvolver em Almeirim, e municípios vizinhos, um novo modelo de município verde, por meio do fortalecimento de cadeias produtivas de base florestal e agroflorestal, aumento da segurança alimentar e do bem-estar social e desenvolvimento de atividades econômicas complementares. Coordenado pelo engenheiro florestal Herberto Ueno, “Almeirim Sustentável” alcançou pelo menos 112 famílias em 05 comunidades do município de Porto de Moz, outras 30 famílias em 6 comunidades de Monte Alegre e, ainda, 872 famílias de 83 comunidades em Almeirim.
Durante o seminário, que reuniu os atores envolvidos no projeto, foram apresentados os materiais produzidos pela equipe que coordenou as ações na região. Tratam-se do calendário Festivo, Religioso e Produtivo; Cartilha de Manejo do Açaí, publicação que consolida todas as informações sobre as boas práticas do manejo em açaizais nativos de terra firme, de acordo com as experiências geradas em Almeirim; Cartilha de Saúde, com informações úteis para as populações rurais, como por exemplo, dados sobre as principais doenças que ocorrem na região, os sintomas e tratamentos, e ainda orientações sobre planejamento familiar e educação em saúde.







O IFT também vai entregar o Diagnóstico Agroflorestal, publicação com informações agrícolas e florestais dos municípios de Monte Alegre e Almeirim; Relatório de Indicadores socioambientais do projeto - Levantamento feito por consultoria para avaliar e efetividade dos resultados alcançados; Plano de Desenvolvimento Sustentável para Almeirim, que será entregue para o poder público municipal, com estratégias que o município deve adotar para continuar as ações do projeto que ainda necessitam ser mantidas. “Será uma forma de apresentarmos a possibilidade de continuidade destas atividades para a sociedade local através do poder público do município”, explica o biólogo Paulo Amorim, supervisor do projeto. Os produtos e publicações serão entregues e disponibilizados para a sociedade em geral na primeira quinzena de Novembro.
Para Carina Pimenta, gerente do Fundo Vale, o projeto buscou promover ações estruturantes, para que os parceiros locais conseguissem autonomia para prosseguir de forma independente. “Entendemos que a grande região que envolve a Calha Norte tem um papel fundamental na conservação ambiental e melhoria da condição de vida das populações por abrigar o maior bloco contínuo de florestas tropicais do planeta. Por isso, continuaremos apoiando outras ações no território, uma delas dentro da Resex Verde para Sempre, com foco no manejo florestal comunitário familiar”, destacou. 








Leia abaixo a carta de finalização do projeto distribuída para as comunidades:











1ª EXPOSIÇÃO DAS ATIVIDADES PARCIAIS DO DIAGNÓSTICO-ECONÔMICO AMBIENTAL DE ALTAMIRA.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

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Aconteceu no último dia 30 de Maio, a 1ª exposição parcial das atividades do Diagnóstico Econômico-Ambiental de Altamira realizado pela Equipe do projeto. A exposição foi realizada em uma sala situação organizada na Faculdade de Engenharia Agronômica, Campus de Altamira da Universidade Federal do Pará.

Além da imprensa e comunidade acadêmica, membros da Câmara Técnica 1 - Ordenamento Territorial, Regularização Fundiária e Gestão Ambiental do PDRSX, incluindo Márcio Hirata, coordenador da mesma, visitaram a exposição e discutiram assuntos expostos, como os vetores de desmatamento no território municipal, oportunidades para a produção rural, as mudanças no âmbito urbano e a percepção da população local a respeito.





EQUIPE DA SEMAT VISITA EXPOSIÇÃO DO DIAGNÓSTICO ECONÔMICO-AMBIENTAL DE ALTAMIRA

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No dia 13 de junho de 2014, servidores da Secretaria Municipal da Gestão do Meio Ambiente e Turismo de Altamira – SEMAT conheceram de perto as atividades do Diagnóstico Econômico-Ambiental de Altamira, desenvolvidas pelo Instituto Floresta Tropical – IFT. Na sala de situação do projeto, houve exposição de metodologias e informações já levantadas, bem como diálogo aberto com a equipe responsável pelos levantamentos nas áreas urbana e rural do município.

A exposição objetiva trazer a sociedade de forma geral, incluindo tomadores de decisão da pasta pública municipal e outras esferas, para conhecerem a percepção da população, problemas e oportunidades, além de casos exemplares em Altamira. Além de validarmos informações e receber sugestões. A exposição é permanente até o término do projeto, previsto para Outubro. Pode ser visitada realizando um agendamento prévio.
O IFT está localizado na Avenida Brigadeiro Eduardo Gomes, 3400, bairro Esplanada do Xingu. 
Telefone: 93-3515-5857
email: nucleoaltamira@ift.org.br











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DIAGNÓSTICO ECONÔMICO-AMBIENTAL DE ALTAMIRA ENTRA EM SUA 2ª FASE

quarta-feira, 25 de junho de 2014

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A equipe do levantamento rural do Diagnóstico Econômico-Ambiental de Altamira tem percorrido diversas áreas para ouvir a população, identificar os desafios, oportunidades e casos exemplares no território municipal e adjacências.

Na região norte do município, conhecida como Colônias Velhas, a equipe esteve nas localidades Ramal dos cocos, Travessão do Bananal, Cipó Ambé, Betânia (Estrada da Princesa do Xingu, Ramal do Itaboca), Monte Santo (Ramal das Chácaras e do Gaviãozinho), Travessão da Maria Bonita e Ramal São Francisco, onde 95 entrevistas foram realizadas.


Na região de Belo Monte, a equipe esteve na Agrovila Leonardo D’ Vinci (Vila e Ramal Parati), Belo Monte (Vila e Ramal Pakisamba) e Belo Monte Pontal (Vila e Ramal do Canoé) e realizou 42 entrevistas.

Na região da BR 230 (Altamira – Brasil Novo), foram realizadas 83 entrevistas, abrangendo localidades como Agrovila Vale Piauiense – Km 23, Vicinal 10 – Km 30, Agrovila Carlos Pena Filho – Km 40 e Comunidade Cacaulândia, Vicinal Sete e Nove.


Na região do Assurini, em duas viagens, foram realizadas 183 entrevistas nas localidades do Transassurini – Dispensa I e II, Cajá I e II, Gorgulho da Rita, Travessão do Cocal, Ramal Bom Sossego, Agrovila Sol Nascente, Ramal do Palhal, Ramal da Preenchida, Ressaca, Garimpo do Galo, Garimpo Grota Seca, Garimpo Ouro Verde, Garimpo do Itatá, Travessão do Pirarara, e Travessia da Balsa, Itapuama, Novo Itapuama - Ramal do Maranhense, Travessão do Espelho - Ramal Boa Sorte e do Espanhol, Travessão da Firma – Ramal do Picadão e Ramal do Zé Baiano, Travessão do Cajueiro, Travessão da Laje – Ramal do Limão, Travessão do Pimentel – Ramal do Barbosinha, Quatro Bocas – Ramal do Esperancinha, Transunião Rezende – Pimentel até o Rio Ituna, Travessão dos Crisostemos, Jatobá, Acesso I e V, Bom Jardim I e II, Travessão das Mangueiras – Ramal da Helena, Ramal São Francisco, Travessão dos Nenéns, Babaquara.


A equipe encontra-se na Terra do Meio, realizando levantamentos nas unidades de conservação e entorno: Resex Iriri, Xingu e Riozinho do Anfrísio. A expedição é uma das mais importantes, por considerar as correlações socioambientais no âmbito das áreas protegidas e populações tradicionais.



Para a região de Castelo dos Sonhos/ Cachoeira da Serra, Vila Canopus e Cabocla (APA do Triunfo), as visitas estão previstas para o início do mês de Julho e será uma das mais difíceis, em razão, principalmente, das longas distâncias e isolamento. Entretanto, são regiões emblemáticas para o estudo, sobremaneira por apresentarem problemas sérios de desmatamento aliado ao uso desordenado dos recursos naturais e produção agropecuária em escala, entre outros.


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